segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Negociando a leitura.

Sábado foi dia de Feira do Livro na E.M.T.I. Juíza Patrícia Lourival Acioli e fiquei com os Profs Rita e Paulo encarregados do Espaço do Leitor. Desafio!
Digo desafio porque não é nada fácil, num tempo em que os joguinhos do tipo Minecraft dominam o imaginário das crianças. Não sou contra os joguinhos, eu mesmo sou adepto a eles, justamente porque são muito mais imediatos do que a leitura. Somos humanos e por isto somos encantados pelos olhos, pelos movimentos, pelo colorido. Sendo assim a leitura fica em desvantagem com os joguinhos, já que ler é um exercício que exige concentração e imaginação.
Como aluno e professorando não entendo muito bem aquele discurso de que a leitura é um prazer. Criança gosta de movimentos, de cores, de descobrir espaços e mundos novos e conseguir fazer com que a criança entenda que através da leitura ela conseguirá ter este prazer não é tarefa fácil. Pra quem duvida, eu sugiro que apresente um livro e um celular para criança. A criança, não vai pensar duas vezes e pegar o celular. Isto porque a tecnologia simplificou a imaginação ao torná-la pronta. Mas e aí? Vamos entrega os pontos e dizer que são novos tempos e por isto devemos esquecer da leitura? É claro que não, porque sem leitura em poucos anos não teremos mais  joguinhos e nem mais livros. O desafio é fazer com que as crianças e nós, que a leitura é fundamental.
Para isto realizamos uma experiência neste Espaço Leitor. As crianças eram apresentadas aos livros num espaço lúdico, coisa simples, quatro tatames, algumas almofadas e um varal de livros. Elas escolhiam os livros, faziam a leitura e aquelas que não sabiam ler, ouviam os outros lendo ou simplesmente folheavam os livros com gravuras e faziam suas interpretações, no final eram convidadas a contar a história lida ou ouvida ou vista para mim. Aqueles que interpretavam ganhavam um boneco feito de bexiga.
Foi um sucesso, porque havia a motivação, porque havia um objetivo na leitura. O resultado foi uma surpresa. A Tia Rita, ficou encantada ao ver os alunos sentados lendo uns para os outros, enquanto alguns escolhiam os livros e outros ficavam na fila. O Tio Paulo ria muito da alegria das crianças. A mim coube a atividade de fazer os bichinhos. Confesso que por duas vezes senti tonteiras, afinal aquelas bexigas minhocas exigem um pulmão de aço. Aliás aqui vai a dica, as bolas cor de rosa são as mais difíceis de encher.
O que mais me encantou foi a capacidade das crianças de “inventarem” histórias só para ganhar o bonequinho. De repente teve bruxa na história do Pinóquio, fada madrinha no Sítio do Pica-pau Amarelo e cucas com sacis nos contos dos irmãos Grimm.
Adorei a experiencia porque pude ver de perto que as crianças quando motivadas ou desafiadas respondem com alegria.
Descobri que a leitura pode acontecer quando o Espaço Leitor for um espaço que brinque com a imaginação.

Aqui a eternização de um momento. As meninas Mariana e Marina na abertura do evento. Click do papai Rafael.

Um comentário:

  1. Perfeito Maicon. Por que não negociar a leitura? Tudo por um bom leitor! Abraços fraternos!

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