segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Ética, Música e Poesia.

Hoje me aborreci na escola e voltei para casa ouvindo os Beatles. Se existe uma invenção capaz de evitar o stress é o fone de ouvido, Nem prozac na veia com ingestão de rivotril é capaz de acalmar a alma e relaxar o corpo como uma boa música. Por isto sempre trago comigo uma playlist com os quatro rapazes de Liverpool.
O motivo do aborrecimento? A ética.
De repente a palavra passou a ser uma pirola dourada parecida com aquela que o Doutor Caramujo deu para boneca Emilia e a fez sair falando. Para alguns ética serve para justificar tudo. Não escuto meu aluno, mas não é ético que ele reclame, porque minha ética diz que  o importante é ser bonzinho.
A ética na escola é uma piada, pois as opiniões dos alunos só são ouvidas se concordam plenamente com aquilo que o professor deseja ouvir. A inteligencia é medida pela capacidade de agradar o professor, de ouvir suas piadas sem graça e dar gargalhadas, ou ainda, ético é o aluno que ouve todas as histórias da vida do professor e no final diz que está diante de um ídolo, um ser além do bem e do mal.
Sinceramente as vezes me acho dentro daquele poema do Fernando Pessoa, se não me falha a memória, Poema em Linha Reta, "não conheço ninguém que tenha levado porrada...São todos geniais..."
Mas ainda bem que existem os Beatles. Ainda bem que existe o vento que me faz respirar, ainda bem que existe o céu com suas nuvens formando carneirinhos como se eu estivesse dentro do livro do Pequeno Príncipe...
Ouço música e lembro daquele poeminha do Mário Quintana:
“Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!”
Ainda bem que a ética pra mim é poesia.

2 comentários:

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